quarta-feira, 28 de abril de 2010

Homenagem aos nossos pais

Depois de quatro anos, finalmente chegou o tão esperado dia em que colei grau e recebi o título de publicitária. E para a minha felicidade, a super Mayra me convidou para fazer uma homenagem aos nossos queridos pais, e foi tremendo que li para todos esse texto abaixo:

Como filho essa homenagem é muito pouca, mas se fosse possível faríamos cartas, traríamos flores e a cada dia inventaríamos algo novo. Por que, não?

Para os pais que partiram, embora agora, possamos chorar recorrendo às lembranças de ontem, torcemos para que possa ouvir através dos ventos a vibração de nossa vitória.

Para os pais ausentes, que saibam algum dia: mesmo esse pesar ingrato foi responsável para que estivéssemos aqui hoje.

Para os presentes pais, esse é o momento em que pedimos desculpas por levantarmos às 6 da manhã sem desejar ao menos “bom dia”. E enquanto o sereno caia já não havia mais tempo nos nossos ponteiros para lhe dizer “boa noite”. Sem falar nas vezes em que negamos o macarrão de domingo para terminar trabalhos das famosas últimas horas.

Pai, mãe. Expomos nossa gratidão intensa por cederem seus ouvidos aos nossos reclames tão chatos e desnecessários. Vocês dividiram sua atenção com nossos amigos. Conheciam cada fala de nossos orientadores, mesmo sem tê-los visto. E quando tentamos desistir, estavam ali desonrando nossos pontos fracos com frases do tipo “como assim desistir da faculdade? Perdeu o juízo, é?”.

Tudo isso é tão precioso e nós com os olhos iludidos com o cotidiano pouco percebemos.

Sim, estamos aqui e quando éramos pequenininhos do tamanho de um botão, sem saber já sabiam que estaríamos aqui. E por isso também sabemos que podemos ir mais longe. Tentamos. Ainda se estávamos com a grana curta, em dia de prova e de entrega de trabalhos no final de semestre, apenas uma coisa nos era importante: seu amor. Construiu pontes que sei lá como, unia-nos a casa-trabalho-faculdade. Seu amor deu forças para carregarmos a mochila pesada, cujos livros nunca líamos. Seu amor justificou a vontade de correr das aulas para comer o arroz, feijão, bife e batatas fritas. Seu amor mudou as notas, nos fez persistir, e nos olhou estudar às pressas de madrugada, transformando para sempre nossas vidas.

Acho que está na hora de dizer “te amamos”. Amamos e amamos. E mesmo quando as palavras forem simples rabiscos nossos olhos seguirão tagarelas “te amo, te amo, fala pra ele, fala pra ela”.

Muito obrigada.

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