quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Poesia vivida


Foi intensamente real. Pena, agora ser ficção... Saudades, saudades e para começar mais um pouco de saudades...

A poesia estava esplanada em todos os lugares. Recitou suas rimas por toda a viagem. Vi versos perdidos em Caraguatatuba, e o resto um pouco mais pra frente de Ubatuba. Estou no Rio! Estou em Paraty. Pessoas nas ruas tocavam MPB em voz e violão. Uma banda tocava blues na praça principal. Haviam árvores cujos frutos pendurados estendiam a literatura infantil. Conversas, palestras, cirandas. Crianças se reunidam para ouvir do Maurício uma bela história. Jovens se reuniam para ver reportagens sobre a vida. Gullar lia Drummond. Que legal ver "em nome do filho" e depois "andar com fé".

Barcos sentados sobre águas calmas. Sol acima, vento fresco. Repouso no cais. Descoberta de um forte. Caminho na areia, caminho nas pedras. Uma bela paisagem, uma história para os olhos contar, uma história para os pés gritarem, provaram a herança colonial moldada nas ruas. Uma vegetação vertiginosa, uma cachoeira oculta, depois duas. Águas que escorrem, transbordam, redigindo o que determinou a nascente. Tarzan não estava em casa. Quem quer degustar a "Gabriela Cravo e Canela?". Olha a banana!!! - aquela que eu não conhecia, que Ney Matogrosso não cantou... Tinha um escravo em frente à igreja, tinha um ator de Hollywood sorrindo pra mim. Precisei tirar uma foto! (veja aqui). Tinha uma panqueca que a minha mãe não sabe fazer... Pastel de 30cm? Sim... Matei a minha fome... Que sorvetes mais deliciosos do mundo, quero o de morango e o de maracujá. Só ali vi alguém ensinando matemática na rua. Nossa... Quantos papéis... Não tem uma blusa da flip tamanho "P"?

Uma artista ensina o caminho das caipirinhas. A jovem encanta o artista carioca.  A Belga veio de Ouro Preto. A espanhola veio da Argentina. "Ei! Do you speak english?". Nunca vi tanta gente de boina na minha vida! Nunca fui embora com tanta companhia. Quanta poesia, quantos poetas.

Eu deveria ter andado de charrete. Não cheguei a fazer a emocionante viagem à Trindade. Ainda não andei de barco, mas já sei que de jeep também se tem adrenalina... 

Como foi a FLIP? Essa poesia, não cabe num blog. Só experimentando para entender.

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